20080317

Narciso Miranda

© José Carlos Coelho / Público


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20080307

Cristina Azevedo

© José Carlos Coelho / Público


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20080303

Odete Patricio

© Paulo Ricca / Público

A directora-geral da Fundação de Serralves apresenta o projecto da incubadora de artes InSerralves, dirigida às indústrias criativas, como a possibilidade de demonstrar que a economia e a cultura podem resultar num “casamento feliz”.

O projecto acaba de ser lançado pela fundação portuense, e reuniu mais de 70 candidaturas, das quais só poderão ser admitidas dez ou doze. Há projectos de cinema, design, fotografia, restauro das obras de arte, animação, jogos pedagógicos... Áreas onde a criatividade tem um valor acrescentado. “Estatisticamente, este sector mede-se, na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, pelo valor dos copy rights”, explica Odete Patrício.

“Entendemos que podíamos ter um papel mais como catalisadores desse projecto e como potenciais clientes dessas indústrias que se venham a criar. Por outro lado, também poderíamos fazer algum coaching da aproximação desses jovens empresários às empresas que são nossas fundadoras, que podem vir a ser também potenciais clientes”, acrescenta a gestora, na entrevista que deu ao PÚBLICO/Rádio Nova.

Referindo-se à conferência que o consultor inglês Tom Flemming fez recentemente em Serralves, a apresentar o estudo que o próprio está a dirigir sobre as potencialidades do Porto e da Região Norte nesta área, Odete Patrício mostrou-se crente de que há aí todo um campo de possibilidades, até pelas características da própria cidade do Porto. “Tom Flemming utilizou um termo muito curioso, messy – que, traduzido de uma forma muito livre, significa ‘desarrumado’, ‘confuso’ –, para identificar a cidade”, nota a gestora, que cita também o exemplo da cidade inglesa de Sheffield, como possível paradigma para o Porto.

“Há realmente algo parecido com o Porto. Sheffield foi uma cidade que se desenvolveu à volta do aço. Nós desenvolvemo-nos muito à volta do têxtil, que neste momento está a passar por uma fase de reestruturação. E a função dos gestores é transformar essa desestruturação em oportunidade. Se conseguirmos, no Porto e na Região Norte, dar esse salto, transformar esta fragilidade em oportunidade...”, diz Odete Patrício, realçando a ideia de que “o Porto precisa de um projecto catalisador, de algo que nos encha de entusiasmo”.

Entrevista por Carla Marques e Sérgio C. Andrade.
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20080225

La Féria

© Adriano Miranda / Público


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20080218

Pedro Neves · TramCroNe

© José Carlos Coelho / Público

Director de operações para a Europa da TramCroNe (TCN), Pedro Neves garante que a multinacional a que a Câmara do Porto decidiu confiar a remodelação e exploração do Bolhão não pretende transformar o mercado num mero centro comercial e declara que o mercado de frescos, e respectivos vendedores, constituem o “coração” do edifício que a TCN quer preservar.
Referindo-se à contestação ao estudo prévio da TramCroNe para o mercado, que se vem traduzindo em manifestações e abaixo-assinados contra a demolição do interior do mercado, Pedro Neves afirma subscrever as preocupações implícitas nesses documentos já com 20 mil subscritores, acrescentando que ele próprio seria capaz de os assinar. Mas insiste que, após as obras, que diz serem indispensáveis num edifício “doente”, o mercado dos frescos vai ficar condignamente instalado no novo espaço, numa área que – assegura – será superior aos três por cento do edifício referidos no site da TramCroNe.
Pedro Neves argumenta que será a criação de espaços de habitação no Mercado do Bolhão que vai assegurar que a zona é frequentada regularmente de noite e de dia. Manifesta-se convicto de que o Igespar aprovará o projecto a elaborar pela TCN e afirma que esta empresa é “a infantaria da revitalização da Baixa”. O responsável da TramCroNe prevê a valorização do metro quadrado dos edifícios vizinhos do Bolhão, quando estiver concretizado o projecto da TCN, e sustenta que os grandes negócios imobiliários na zona serão pelos investidores que ali chegarem a seguir.

Entrevista por Álvaro Vieira e Carla Marques.
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Vox Publica © 2008 PÚBLICO / Rádio Nova