20080218

Pedro Neves · TramCroNe

© José Carlos Coelho / Público

Director de operações para a Europa da TramCroNe (TCN), Pedro Neves garante que a multinacional a que a Câmara do Porto decidiu confiar a remodelação e exploração do Bolhão não pretende transformar o mercado num mero centro comercial e declara que o mercado de frescos, e respectivos vendedores, constituem o “coração” do edifício que a TCN quer preservar.
Referindo-se à contestação ao estudo prévio da TramCroNe para o mercado, que se vem traduzindo em manifestações e abaixo-assinados contra a demolição do interior do mercado, Pedro Neves afirma subscrever as preocupações implícitas nesses documentos já com 20 mil subscritores, acrescentando que ele próprio seria capaz de os assinar. Mas insiste que, após as obras, que diz serem indispensáveis num edifício “doente”, o mercado dos frescos vai ficar condignamente instalado no novo espaço, numa área que – assegura – será superior aos três por cento do edifício referidos no site da TramCroNe.
Pedro Neves argumenta que será a criação de espaços de habitação no Mercado do Bolhão que vai assegurar que a zona é frequentada regularmente de noite e de dia. Manifesta-se convicto de que o Igespar aprovará o projecto a elaborar pela TCN e afirma que esta empresa é “a infantaria da revitalização da Baixa”. O responsável da TramCroNe prevê a valorização do metro quadrado dos edifícios vizinhos do Bolhão, quando estiver concretizado o projecto da TCN, e sustenta que os grandes negócios imobiliários na zona serão pelos investidores que ali chegarem a seguir.

Entrevista por Álvaro Vieira e Carla Marques.
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